Texto por Colaborador: Redação 19/03/2025 - 03:00

Ex-companheiro do atacante ucraniano analisa desempenho do centroavante da Roma: "Precisa de tempo, mas fará a diferença"

Yevhen Seleznyov, que jogou ao lado de Artem Dovbyk no Dnipro, falou sobre o atacante da Roma em entrevista concedida à versão online da Gazzetta dello Sport. Na visão do ex-jogador ucraniano, Dovbyk possui todas as qualidades necessárias para se destacar na Série A italiana, mas necessita de adaptação a um futebol taticamente mais exigente que o espanhol. Veja o que ele disse:

Questionado sobre o momento atual de Dovbyk na Roma, Seleznyov foi direto: "Acredito que o fator principal seja o tempo. A chave é esperar, permitir que ele se ambiente e se familiarize com o futebol italiano. Mais tático que o espanhol. Mas fiquem atentos: se tiverem um pouco de paciência, verão o verdadeiro Dovbyk."

Sobre as qualidades do atacante, destacou: "Artem tem todas as características para se sair bem no campeonato italiano. É veloz, fisicamente forte e sabe explorar a profundidade. Assim que estiver completamente adaptado, começará a marcar gols em sequência. Como fez na Espanha, fará na Itália. Em dois anos, será o artilheiro do campeonato."

Para Seleznyov, o aspecto mental é fundamental: "Sem dúvida, é principalmente uma questão mental. Estamos falando de um rapaz sensível, um grande trabalhador. Mas, sabe, em Roma não é simples. Você tem muita pressão e expectativas, não conhece o idioma e tantas outras coisas. Até mesmo o entrosamento com os companheiros está melhorando."

Relembrando o início de Dovbyk no Dnipro, contou: "Já se percebia que era um grande trabalhador e tinha bons recursos. Falava pouco. Mas nunca reclamava. Observava, estudava e absorvia com os olhos. E já se notava que tinha qualidade. Lutava sem poupar esforços. Pode parecer óbvio, mas é exatamente assim. Conosco, ele também teve dificuldades no começo, não encontrava espaço. Também naquela época, foi preciso tempo."

Sobre características marcantes, Seleznyov recordou: "Como disse, lembro da grande disposição para o trabalho e o sacrifício. É daqueles que surpreendem. Nos treinos, nunca queria perder. Lutava como se fosse uma partida de Champions... agora desejo que chegue a jogá-la com a Roma."

Um detalhe que impressionou o ex-companheiro: "Ficaram gravados seus olhos. Frios, glaciais. São os mesmos ainda hoje. E isso se reflete diante do gol. Mas é uma característica inata: ou você tem ou não pode aprender. Devo dizer que não mantivemos contato, mas sempre o acompanhei. E estou muito feliz em vê-lo agora, tendo chegado tão longe."

Quanto ao potencial goleador na Itália, foi cauteloso: "Acho errado fazer julgamentos agora. Às vezes, leio críticas após as partidas e considero injustas. Ele não merece. Não é fácil se sair bem imediatamente. Mas os gols estão chegando, deixem-no tranquilo e ele fará vocês comemorarem."

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