Reprodução / ArezzoTV Ex-atacante de Roma e Torino, além de campeão mundial com a Itália em 1982, Ciccio Graziani concedeu entrevista repleta de memórias sobre sua trajetória no futebol italiano. Entre recordações da Copa do Mundo e análises sobre o momento atual da Roma sob comando de Gasperini, o ídolo não poupou opiniões sobre o cenário contemporâneo.
**Rivalidade histórica com a Juventus**
Graziani destacou a rivalidade visceral que marcou sua passagem por Roma e Torino contra a Juventus: "Em Turim, o clássico era 'a' partida para nós, Granata, aguardado com ansiedade durante meses. Imagine o que nosso Scudetto de 1976 significou para o Torino, o único da era moderna depois dos da Grande Torino. Em Roma, mais sutil, mas ferozmente disputado nos anos 1980: faríamos qualquer coisa para vencê-los."
**Bearzot e a Seleção Italiana**
Ao relembrar a conquista da Copa de 1982, o ex-atacante se emocionou ao falar de Enzo Bearzot: "Foi um pai para nós. Defendeu o time contra todas as adversidades, preferindo receber sozinho todas as críticas. Ensinou valores pelo exemplo. Nós, garotos, podíamos conversar com ele sobre qualquer coisa, até investimentos com o pouco dinheiro que ganhávamos."
Uma passagem marcante envolveu a convivência entre jogadores de Juve e Torino na seleção: "Havia separação rígida à mesa entre Granata e Bianconeri. Facchetti e Antognoni não sabiam onde sentar. O 'Vecio' ficou bravo e nos obrigou a nos misturar, até nos quartos. Assim desenvolvi relação profunda com Gaetano Scirea, impossível não admirar."
**Técnicos marcantes: Liedholm e Radice**
Sobre Nils Liedholm na Roma: "Às vezes não conseguíamos conversar; dava para entender só pelo olhar. Por fora, nos defendia com unhas e dentes. Uma vez, quase me desculpando por trocar de posição com Conti, ele me interrompeu: 'Graziani, vocês são campeões do mundo; se fizeram isso, fizeram certo.'"
Radice representava o oposto em comunicação: "Você podia ligar até 1h da manhã. Se tivesse problema, mesmo fora de campo, ele exigia saber e queria que confiássemos nele."
**Momentos inesquecíveis**
Graziani contrastou dois momentos extremos: "A Copa de 1982 é a mais bonita: Zoff me entrega a taça e penso 'pode parar de sonhar, você está no topo do mundo, Ciccio'. A final perdida contra o Liverpool em 1984 é dolorosa: não penalizei apenas a mim, mas uma nação inteira após toda jornada até a final."
Sobre o pênalti perdido: "Queria bater primeiro para eliminar minutos de tensão. Porém, Di Bartolomei veio dizer que Liedholm, supersticioso, havia mudado: Ago bateria primeiro. Os movimentos de Grobbelaar não me incomodavam; segui conselho do Agostino de bater no centro."
**Análise da Roma atual**
Como comentarista, Graziani avaliou o trabalho inicial de Gasperini: "É cedo, esperemos dez jogos. Obviamente assume liderança e simplesmente defende: busca o segundo gol. Quem perde a bola vai recuperá-la com mesma intensidade. Este time pode aspirar ao quarto ou terceiro lugar; elencos de Napoli e Inter estão em nível diferente."
**Críticas a Dovbyk**
Ferguson é um touro, trabalha duro, dá tudo de si, e acho que o gol vai sair em breve. A Roma certamente precisa de alguém que consiga marcar de 14 a 15 gols, tanto por ambição quanto por objetivos. Eu disse logo de cara que não gosto do Dovbyk, também porque ele é de um pé só: ele sempre tenta cortar para o pé esquerdo. Ele é muito fácil de marcar, oferece muitos pontos de referência. Os atacantes de Gasperini nunca esperaram que o time desenvolvesse seu jogo a seu favor. Considerando os números que ele trouxe, ele merece outra chance, mas acho que quando o Bailey voltar, se ele for uma boa contratação, poderíamos até considerar vender o Dovbyk em janeiro.
Para quem Ciccio Graziani está torcendo no domingo?
'Vou te responder com uma pergunta: você ama mais a mamãe ou o papai?
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