Texto por Colaborador: Redação 17/02/2024 - 00:59

“É tudo culpa minha” . O mantra que Daniele De Rossi repete a cada final de jogo, quando chega a hora de enfrentar os aspectos negativos da sua Roma, marca um claro afastamento da estratégia comunicativa e emocional adotada por José Mourinho.

A mudança é total: tirar a responsabilidade dos ombros dos jogadores e colocá-la sobre si é a reviravolta feita pelo novo treinador, a segunda grande novidade depois da que aconteceu em campo. Porque mesmo em campo a revolução da DDR é bastante evidente.

A transição para o 4-3-3 e para um jogo mais animado e decididamente ofensivo é uma clara ruptura com o passado. A Roma agora não espera mais pelo seu adversário, não tenta anulá-lo esperando pelos seus erros, mas decide atacá-lo, focando na sua qualidade desde o meio-campo de ataque para cima. Mesmo ao custo de deixar algo para trás.

A bateria vista contra o Inter em casa no primeiro tempo de sábado de alguma forma foi transferida para De Kuip na noite passada: o Feyenoord pareceu surpreso, quase com medo da atitude descarada dos Giallorossi e após a vantagem de Paixão pensaram bem em defender o resultado até o fim, sem sucesso.

O trabalho de De Rossi nas poucas semanas que teve à disposição é louvável, ainda que haja muitos aspectos a corrigir principalmente na fase defensiva: quando a equipe é atacada, principalmente com cruzamentos pelas laterais, tende a desviar. E se Mourinho não era Harry Potter, a DDR não é Houdini: as limitações de alguns jogadores do plantel continuam a surgir apesar da mudança no banco.

Porém, o caminho é o certo. Será de fundamental importância contar com um diretor desportivo capaz de trabalhar com o treinador (De Rossi ou quem quer que seja) na escolha de jogadores funcionais ao novo projeto técnico. A escolha do diretor desportivo demora a chegar, ainda que mais de uma pessoa afirme que o escolhido já foi identificado e que já há algum tempo trabalha na construção da Roma do futuro.

Giallorossi.net 

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