Texto por Colaborador: Redação 19/10/2025 - 05:00

O projeto do novo estádio da Roma ganhou um importante impulso com mais um passo concreto em direção à sua concretização. A prefeitura da capital italiana anunciou que foi entregue o relatório agronômico definitivo, um documento fundamental que atesta a ausência quase completa de restrições ambientais no terreno escolhido para abrigar a nova casa giallorossa.

O estudo foi elaborado por Mauro Uniformi, presidente da Ordem Nacional dos Agrônomos e Engenheiros Florestais (CONAF), atendendo a uma solicitação do departamento de Proteção Ambiental da prefeitura de Roma. O objetivo era verificar se existiam áreas florestadas dentro do terreno de aproximadamente 27 hectares identificado em Pietralata.

A assessora de Agricultura, meio ambiente e gestão de resíduos da prefeitura de Roma, Sabrina Alfonsi, foi quem comunicou oficialmente a entrega do documento. Segundo ela, os resultados confirmam o que já havia sido parcialmente identificado durante a primeira fase do projeto, quando foram realizadas as investigações arqueológicas na região.

Os dados revelam que mais de 23 dos 27 hectares totais do terreno são compostos por áreas agrícolas, zonas urbanizadas com construções e jardins particulares, além de áreas com vegetação arbustiva e herbácea. Essas características não se enquadram na definição legal de bosque, conforme estabelece a lei regional 39 de 2002 e a normativa nacional mais restritiva e atualizada sobre o tema.

Apenas uma pequena porção do terreno, somando 3,47 hectares distribuídos em diversas parcelas não contíguas ao longo de todo o perímetro analisado, foi classificada como área florestada. No entanto, o relatório técnico deixa claro que essa vegetação possui escasso valor tanto do ponto de vista vegetacional quanto naturalístico.

A área florestada identificada originou-se de um antigo cultivo ou pomar que foi invadido por vegetação predominantemente pioneira, sinantrópica e infestante, com apenas algumas inserções de exemplares autóctones. Por essas características, a legislação permite que essa área seja transformada para outra finalidade, desde que seja realizado um reflorestamento compensatório.

O trabalho de Uniformi confirma que se trata de vegetação de baixo valor naturalístico, que poderá ser adequadamente compensada através do plantio de árvores de maior qualidade e valor. Essa compensação acontecerá em diferentes frentes: dentro do próprio projeto do estádio, que já prevê a criação de um novo parque central de aproximadamente 7 hectares envolvendo a arena esportiva, além de mais de 3 hectares de novas áreas naturalizadas. Adicionalmente, serão criados mais 2 hectares de áreas verdes em outras regiões agrícolas da cidade.

Com esse relatório em mãos, o projeto do novo estádio da Roma segue avançando e superando as etapas necessárias para sua viabilização ambiental.

Categorias

Ver todas categorias

Você aprova a escolha de Gasperini para comandar a Roma?

Sim

Votar

Não

Votar

118 pessoas já votaram