Texto por Colaborador: Redação 18/11/2025 - 04:00

Flavio Cobolli, promissor tenista italiano, e Edoardo Bove, meio-campista da Roma, conversaram em entrevista à GQ Itália sobre o vínculo que os une e sobre o dia 1º de dezembro que marcou suas vidas. A história é marcada pelo forte laço entre os dois. Cobolli, em particular, compartilhou pela primeira vez a dor que sentiu no dia do acidente envolvendo Bove durante partida pela Fiorentina, revelando que nunca havia contado ao amigo sobre o ocorrido.

Na entrevista, Edoardo Bove atualizou seu processo de recuperação. "Espero voltar a jogar em um ano, mas veremos. Neste momento, estou feliz com a minha situação atual e estou focado no presente, mas estou trabalhando para voltar."

Bove ainda apresentou um projeto de lei de primeiros socorros no Senado que leva seu nome. Ele falou como porta-voz na coletiva de imprensa realizada neste domingo, 17 de novembro, na sala de conferências do Palazzo Carpegna.
Inicialmente, Bove agradeceu a todos que trabalharam nos bastidores. "Começarei pelos agradecimentos, pois é um grande orgulho para mim estar aqui. Agradeço ao senador Marco Lombardo, ao presidente Scapigliati, aos senadores e ao ministro Abodi pela presença."

Incidente não é o motivo principal

Em seu discurso, o jogador fez questão de explicar que sua presença não se devia à doença que o acometeu em 1º de dezembro, no jogo Fiorentina-Inter. "Certamente foi um fator determinante em muitas coisas, mas não é o principal motivo da minha presença aqui."

Bove é jogador da Série A, mas eventos semelhantes acontecem com muito mais frequência do que se imagina. "Estou aqui porque tive a sorte de entrar em contato com muitas associações e fundações: conheço a Fundação Castelli, a Fundação 'Per Matteo', realmente tive a oportunidade de conhecer muitas delas."

Ele então tentou se colocar no lugar daqueles que não foram salvos e daqueles que perderam um ente querido, que muitas vezes estão na linha de frente. "Pais e mães que perdem filhos, irmãos que perdem irmãos; e dessa dor eles sentem a necessidade, quase o dever, de fazer algo em sua memória. Não é nem justo que eles tenham que fazer isso, e eu tentei me colocar no lugar deles, mesmo não sendo pai."

Como mencionado anteriormente, a doença não afetou apenas o meio-campista, mas também muitos outros jogadores. Bove não consegue entender por que a lei leva apenas o seu nome.

"Ser mencionado nesta lei é motivo de orgulho, mas ao mesmo tempo gostaria que fosse a lei da Fundação Castelli, da Fundação 'Per Matteo', de Stefano Carone, de Mattia e Filippo Alessandrini, que em Piacenza salvaram uma pessoa que não se sentia bem."

Ele então mencionou Astori. "E eu poderia dar muitos outros exemplos: Mattia Giani me vem à mente, Davide Astori me vem à mente."

Combate à desinformação

Um importante ponto sobre desinformação. "Porque eu, antes do que me aconteceu, fui o primeiro a não conhecer as estatísticas que o senador divulgou sobre paradas cardíacas."

Segundo os dados, muitos não interviriam. Bove tentou dar uma resposta. "Acho que eles hesitariam porque têm medo de cometer um erro, de não saber o que fazer. O nosso compromisso, e o compromisso de todas as associações", explicou, "é precisamente o de disseminar informação e uma cultura de primeiros socorros."

Ele concluiu seu discurso com uma metáfora futebolística. "Nosso campo de jogo, para usar uma metáfora, são as escolas, os centros esportivos, lugares onde existe o desejo de aprender e a coragem para fazê-lo. Acho que chegou a hora de todos nós levantarmos as mãos e dizermos que estamos aqui e queremos fazer algo a respeito desse problema. Obrigado a todos."

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