Texto por Colaborador: Redação 08/09/2025 - 11:02

Em entrevista exclusiva à Sky Sport, Claudio Ranieri abordou diversos temas ligados à Roma, desde o Fair Play Financeiro até a situação de jogadores como Dybala e Pellegrini, além de comentar sobre sua função nos bastidores do clube.

Sobre seu novo papel fora do campo, Ranieri explicou:
— Devo dizer que nos últimos anos da minha carreira eu estava frequentemente em casa até a ligação. Foi só com o segundo ano da Sampdoria e o segundo ano do Cagliari que comecei a preparação. Se não, eles me deixariam em casa no verão e então eu seria chamado (risos). Então ainda não percebo essa falta, mas devo dizer que fiz várias videochamadas neste mês do mercado, tenho estado muito ativo. Claro, quando você vê os jogos, gostaria de estar lá, mas acredito que há uma idade para tudo. Esta é a minha idade para estar ao ar livre, ver e ajudar os outros.

Sobre o Fair Play Financeiro e a venda de jogadores valiosos, Ranieri comentou:
— Teremos que manter nossas contas em ordem. Vamos ver como vai o campeonato, vamos ver como vamos classificar, que caminho vamos seguir na Liga Europa. Todas essas são receitas que trarão valor agregado. Depois disso, pelo menos, haverá alguém para vender, porque não podemos nos dar ao luxo de receber o cartão vermelho.
— Economicamente, era muito, muito pesado, mas os Friedkins teriam feito isso para agradar o treinador. Claro, haveria alguém para vender: até que uma peça valiosa saísse, não poderíamos tê-la feito. Mas não acho que essa peça valiosa jamais teria sido vendida, porque queremos manter jogadores valiosos. De forma mais geral, incluímos os jovens, esperando que com o novo treinador eles sejam valorizados ao máximo. Porque se fosse necessário teríamos que vender e cair dentro dos parâmetros deste Fair Play Financeiro.

Sobre o perfil dos jogadores que devem ser contratados:
— Definitivamente forte, porque somos romanos, e jovens, mas já com um pouco mais de esperança. Repito, somos a Roma, não uma equipe que não aspira a entrar nas copas. Você precisa de jogadores com grandes esperanças e por isso um treinador que tenha essa qualidade em seu pedigree foi escolhido pelos Friedkins: o de descobrir, trazer à tona o melhor de cada jogador. Esperamos isso.

Quanto à proximidade da propriedade com a equipe:
— Total. Não sei quantas videochamadas, ligações, mensagens tenho feito dia após dia. Se você não me vê, é porque eu não quero: não preciso e não quero aparecer. Há o treinador, os jogadores... são eles que devem ser expostos. Estou nos bastidores e tento ajudar do meu jeito o que posso fazer. Eu realmente faço isso com todo o meu coração pela Roma.

Ranieri também comentou sobre Gasperini:
— Ótimo, mas eu tinha certeza disso. Quando fizemos uma lista e os Friedkins escolheram Gasperini, tínhamos certeza dele. Falou-se de antipatia, mas eu disse que para mim era ainda mais do que antipatia: era algo além, de um adversário muito difícil de enfrentar. Mas então, quando você tem isso a seu favor, as coisas mudam. É um treinador que exige, exige o melhor de si mesmo antes de tudo e depois dos outros: por isso isso era necessário para a praça de Roma. Estou super convencido disso e estou super convencido de que ele terá um grande campeonato.

Sobre Pellegrini e Dybala, Ranieri disse:
— Acredito que tudo vai depender deste campeonato atual. O treinador sempre quer vencer, então ele colocará em campo jogadores que ele acredita que podem fazer a Roma vencer naquele jogo em particular. Lembremo-nos da Atalanta: eles mudam os atacantes e os variam com frequência justamente porque pedem aquele excedente de pressão e determinação. Depende do que eles vão fazer, não só deles: todos os jogadores devem dar o seu melhor e depois durante o ano será decidido.
— Sim, claro, mas tudo terá que ser proporcional ao Fair Play Financeiro e ao que eles podem dar. Gostaríamos que eles dessem 100% a todos os jogos, que fossem os protagonistas de todos os jogos. Se assim for, certamente teremos que pensar e ver tudo bem.

Sobre a sinergia interna da Roma:
— Total, repito: com os Friedkins discutimos várias vezes. Claro que pode haver, não direi contrastes, mas opiniões diferentes e justamente por isso fazemos um brainstorming: pensamos, conversamos, dissecamos todos os problemas que existem e depois os donos decidem.

Ranieri deixou uma mensagem aos torcedores:
— O que eu disse: estou me afastando porque precisamos de um novo treinador, que deve ter um ano disponível para planejar, lançar as bases da Roma do futuro. É verdade, sei que já foi dito mil vezes, mas fiz isso justamente para o bem da Roma: tivemos uma excelente temporada no ano passado, mas a forma como operamos precisa mudar. É por isso que um treinador válido foi contratado, de fato super válido como Gasperini.

Sobre a Liga dos Campeões e objetivos da temporada:
— O objetivo é criar uma base sólida. Se chegarmos à Liga dos Campeões, é muito ganho, mas digo que o objetivo é encontrar o máximo em todos os jogos. Não podemos dizer aos nossos torcedores: "Nós prometemos isso, nós prometemos aquilo". Prometemos que todos os jogos, seja na liga, na Coppa Italia, na Liga Europa, a Roma dará o seu melhor. Estou convencido disso.

Por fim, sobre jovens talentos e outros esportes:
— É certamente um estímulo para todos. Não só para o futebol, ver uma pessoa chegar ao topo do mundo não como predestinada, mas com muito trabalho, com tenacidade, com força de vontade é muito inspirador. Não era o dia dele em Nova York, mas acho que esses dois caras, Sinner e Alcaraz, vão nos fazer viver momentos maravilhosos. E então quem estiver em melhor forma vencerá.
— Mas gostaria de dedicar mais algumas palavras às meninas do vôlei, que fizeram uma coisa maravilhosa: elas também deram tudo e no momento crucial trouxeram algo mais, aquela união que veio graças a Velasco. E então eu gostaria de dar minha grande sorte aos homens do vôlei, que irão lutar pela Copa do Mundo.

(Via romanews)

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