Texto por Colaborador: Redação 18/05/2025 - 01:30

Ícone do futebol italiano, Arrigo Sacchi, aos 79 anos, segue afiado em suas análises. Em entrevista ao Il Messaggero, relatada por Emilia Mandi, o ex-treinador voltou a apontar os problemas do futebol nacional — sempre com o tom construtivo que o acompanha.

Sacchi não vê com bons olhos o panorama atual.
"Ainda estamos atrasados", afirmou. "O futebol italiano continua apegado ao catenaccio e ao jogo individual. Aqui, tentamos vencer trapaceando — e não falo de forma ilegal, mas sem mérito. Assim não encantamos ninguém."

Para ele, essa mentalidade cobra seu preço.
"A seleção joga mal — e como poderia jogar bem se muitos times nem têm um estilo definido? Há alguma evolução, sim, mas é preciso seguir nessa direção. Queremos ganhar? Então precisamos ter identidade. Vencer sem merecer não é uma verdadeira vitória", completou.

Questionado sobre quem seria o técnico ideal para a Roma, Sacchi destacou o valor do jogo coletivo:
"Admiro qualquer treinador que consiga dar organização e identidade a uma equipe. Futebol é espetáculo. E há pelo menos cinco técnicos capazes de entregar isso aos Giallorossi. Ranieri, por exemplo, fez um ótimo trabalho."

Para o confronto entre Roma e Milan, ele foi direto:
"A Roma é favorita. Está em boa fase, o Milan não."

Sacchi também relembrou os bastidores de seu lendário Milan, explicando o que, para ele, realmente fazia a diferença:
"Quando montei aquela equipe, a técnica não foi o meu primeiro critério. Queria gente confiável, comprometida, que pensasse no coletivo. Fiz questão de eliminar o que atrapalhava e mantive quem amava o que fazia. O segredo era olhar para a cabeça, não só para os pés. Criamos um ambiente onde se jogava juntos, por todos, o tempo todo. Com isso, treinar virava uma alegria."

 

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