Texto por Colaborador: Redação 12/10/2025 - 16:19

Luciano Spalletti, atual técnico da seleção italiana e ex-treinador da Roma, participou do Festival dello Sport em Trento, onde abordou diversos temas relacionados à sua trajetória. Entre os assuntos mais aguardados, voltou a falar sobre sua relação com Francesco Totti, figura central e simbólica de sua passagem pela capital.

No livro, Totti conta sobre quando você foi convidado para sua festa de aniversário, mas disse que não era apropriado...

"O problema era que, naquele contexto de amor desmedido, desenfreado, impossível de acreditar, ninguém o ajudou na percepção das coisas. Eu sempre tive um relacionamento bom com ele. O que diziam sobre mim ao redor dele era menos positivo, mas quanto ao jogador... era incrível. Infelizmente ninguém de vocês viu o que ele fazia nos treinos, coisas ainda mais incríveis do que as muitas que fez em campo. Não posso ser antipático com o Francesco. Venho de conjuntos habitacionais populares, quando encontrava o Milan de Gullit e Van Basten, descia do ônibus do Empoli para vê-los passar novamente. O Totti veio me conhecer quando eu chegava de Udine, partiu de scooter e foi uma emoção enorme para mim. A Curva Sud havia lançado panfletos escritos 'não te queremos', porque queriam o Zeman. Eu havia saído de Udine com torcedores gritando 'homem de m***a', depois chego de carro em Roma e me recebem com 'não te queremos'. Pensei: agora chega um montanhês e me insulta também".

Ir contra o Rei de Roma, em Roma, não é fácil?

"Não, porque você vai embora. Os romanistas são muitos. A pressão não se sente apenas no fim de semana, mas também durante a semana quando você anda por aí. Quando eu parava no semáforo, esperava o verde porque o mínimo que me diziam era 'Senhor, você tem que acordar'".

Vocês já se acertaram?

"Para mim, nunca brigamos. Dei a ele um Delorean de presente de aniversário para dizer: 'aos 40 anos haverá alguém que vai te dizer que talvez você possa fazer mais um campeonato, mas depois o que você ainda quer fazer?'. Quando voltei à Roma, fui claro ao dizer que precisava administrar a equipe, mas que a história do Totti eles é que tinham que administrar. Mas em campo foi fundamental para nós quando ele entrava e marcava. Ele entrava em campo e marcava".

Agora vocês fizeram algo juntos, que será visto.

"Fiquei felicíssimo de trabalhar com ele. Fizemos algo juntos que no final do mês será visto. Foi criado um grupo de WhatsApp onde ele está dentro, participativo, foi maravilhoso. Ele me fez gols que me permitiram voltar à Champions com a Roma".

A formação ideal dos jogadores que você treinou?

"Escolho a formação 4-2-3-1. Não coloco os da seleção, seria fácil senão começar pelo Donnarumma. Na Roma eu tinha dificuldade em escolher entre Alisson e Szczesny. Escolho o Szczesny, mesmo que seja complicado de escrever".

Defesa e meio-campo?

"Panucci ou Di Lorenzo? Escolho o Di Lorenzo. Na esquerda tive Emerson, Jankulovski, Rise, todos fortíssimos. Também Tonetto, Juan e Mexes. Coloco Jankulovski, atacava de forma incrível. Como zagueiros tive Kim, Koulibaly, Chivu. Escolho Koulibaly e Chivu. Pizarro e De Rossi no meio".

No ataque?

"Coloco o Totti em primeiro lugar. Escolho também o Dzeko, depois como pontas o Kvaratskhelia tem que ser colocado obrigatoriamente de um lado e do outro o Salah".

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