Texto por Colaborador: Redação 26/07/2025 - 01:00

Luciano Spalletti concedeu entrevista exclusiva ao jornal La Repubblica, onde fez revelações impactantes sobre sua relação com o futebol e o período na seleção italiana.

"Não sei por que amo tanto o futebol, mas provavelmente quando minha mãe me dava à luz, meu pai estava jogando uma partida de futsal. O futebol arruinou minha vida. Amei mais o futebol do que a mim mesmo, sacrifiquei por ele as pessoas mais queridas...", declarou o técnico.

Sobre a demissão da seleção italiana, após a derrota para a Noruega que colocou a classificação para a Copa do Mundo em risco, Spalletti foi direto:

"Isso nunca me passa. Tira meu sono, me condiciona em tudo, porque o pensamento sempre volta para lá. Às vezes parece que estou feliz, mas depois de um momento aquilo volta à minha cabeça. Não consegui fazer os meninos entenderem que eu os amava."

Walter Sabatini, amigo do treinador, considera esta a maior dor esportiva da vida de Spalletti, já que ele havia se entregado completamente ao papel de técnico da seleção.

"Quando me propuseram comandar a seleção, não consegui dormir por dois dias: a cicatriz será dolorosa mesmo quando já tiver feito seu processo de cura", confessou.

Questionado se foi um erro aceitar o cargo, Spalletti foi categórico: "Não. Até porque a seleção não pede, a seleção chama. Não se escolhe se aceitar, não há reflexão racional a fazer. Quando a seleção chama, o peito deve inchar e você deve se colocar à total disposição... Talvez este seja um dos conceitos que estamos perdendo."

O técnico admitiu ter exagerado na cobrança inicial: "Meu erro foi, no início, apertar demais nesse senso de pertencimento, de identidade. Pedir para cantar o hino. Fazer um grito de guerra antes de cada treino. Queria estimular aquele orgulho que eu sentia, mas foi demais."

Sobre sua relação com a imprensa, Spalletti manteve sua postura característica: "A clareza tem seu preço, mas te faz ficar bem consigo mesmo. Sou percebido como alguém de ruptura, porque meus amigos são aqueles com quem me sinto bem, não aqueles que me dão vantagens. Não vou jogar agir para fazer amigos por conveniência."

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