Texto por Colaborador: Redação 04/10/2025 - 09:48

Outubro ainda não é o momento para balanços, mas para reflexões. Após cinco jogos do Campeonato Italiano e dois da Copa, começam a surgir perplexidades sobre o mercado de transferências da Roma, como destaca o Il Messaggero (S. Carina). E apontar dúvidas sobre as escolhas recentes não deve ser visto como um ato de desrespeito — especialmente quando o próprio técnico Gian Piero Gasperini foi o primeiro a manifestá-las.

No dia 1º de setembro, Gasperini declarou aos canais oficiais do clube: “Ainda tínhamos o desejo, e se quisermos a necessidade, de fazer algumas operações. Nesse momento, a empresa poderá operar com mais calma e sucesso no próximo mercado.”

A posição do treinador, reiterada nos últimos dias, não é compartilhada pelo diretor esportivo Frederic Massara, que afirmou: “O treinador tem várias soluções, a equipe é profunda.”

Mesmo com opiniões divergentes, o que parece inegável é que os reforços contratados até agora não corresponderam às expectativas. Embora ainda seja 4 de outubro, o desempenho do time tem levantado dúvidas, sobretudo no ataque. Apostar em um centroavante de 20 anos, sem vínculo definitivo e vindo de quase um ano de inatividade, tem se mostrado arriscado. A situação se agrava pelo fato de Dovbyk, o outro atacante do elenco, não ser considerado o “camisa 9 dos sonhos” de Gasperini.

Os investimentos mais altos do clube também geram questionamentos. Foram desembolsados 25 milhões de euros por El Aynaoui (23 + 2 em bônus) e valor semelhante, mais 5 milhões adicionais, por Wesley. Jovens talentosos, mas que ainda não conseguiram se firmar. O ex-Lens, por exemplo, perdeu espaço para Koné. Diante disso, surge o questionamento: os recursos não poderiam ter sido direcionados para um centroavante ou para um ponta canhoto, deixando o meio-campo para um empréstimo pontual?

Uma hipótese seria que o plano inicial envolvia a venda de Koné, o que permitiria reforçar o elenco com os valores obtidos e dar a El Aynaoui a função de substituto. Mas, segundo o Il Messaggero, é improvável que Massara confirmasse isso, “mesmo sob tortura”.

Outros pontos também chamam atenção. O empréstimo de Tsimikas, considerado decepcionante, e a chegada sem custo de Vasquez não resolveram os problemas defensivos. Com um investimento de 11,5 milhões de euros em Ghilardi, o zagueiro viu Hermoso, que sequer deveria estar disponível, tomar sua vaga — além de Ziolkowski e Celik, este último lateral de origem, receberem oportunidades.

Após 120 milhões de euros gastos por Ghisolfi e outros 63 por Massara, o fato de Gasperini considerar Dybala e Pellegrini como os dois jogadores de maior qualidade da Roma indica que algo claramente não funcionou.

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