Amigos, que começo de temporada é esse do Liverpool?! Cinco jogos, quatro vitórias e um empate. 14 gols marcados e seis sofridos. Lugar garantido na fase de grupos da Uefa Champions League após passar pelo Hoffenheim (6-3 no placar agregado) e vice-líder da Premier League. Mais que números positivos, as atuações têm empolgado - principalmente as duas últimas, contra o time alemão e o Arsenal -, mas é importante manter os pés no chão.
Agora, teremos uma pausa de 13 dias no calendário por conta da data Fifa. Parte dos jogadores do elenco estarão envolvidos com suas seleções nacionais e, desta forma, Jürgen Klopp terá tempo para trabalhar com afinco nos últimos dias do mercado de transferências. Essa interrupção servirá também para que a empolgação gerada pelas últimas exibições dê uma leve e oportuna esfriada. Apesar do bom momento, há problemas a serem corrigidos.
Na primeira partida da temporada, diante do Watford, em Vicarage Road, deixamos dois pontos pelo caminho com o empate em 3-3. Saímos atrás no placar, viramos o jogo e, nos acréscimos, perdemos a oportunidade de sairmos vitoriosos de campo – graças um gol irregular do adversário. O ataque funcionou, mas a defesa deixou a desejar. O resultado lembrou muito o Liverpool da última temporada, que tropeçou inúmeras vezes contra os pequenos.
Depois veio o Hoffenheim, na Rhein-Neckar-Arena. Sem sombra de dúvidas, o jogo mais importante do time de Klopp na temporada até o momento. Partida difícil contra o 4º colocado da Bundesliga em 2016-2017. O time sofreu, foi pressionado, mas triunfou por 2-1. E muito dessa vitória passou pelas mãos de Mignolet, que catou um pênalti logo início do confronto quando o placar ainda estava zerado.
Contra o Crystal Palace, em Anfield Road, pela segunda rodada da Premier League, um jogo duro. Com a demora para sair um gol, já passa aquele filme pela cabeça: "caramba, será que vamos tropeçar mais uma vez nos pequenos?". Desta vez, não. Vitória por 1-0 graças a um gol esquisito de Mané, clean sheet garantido e os primeiros três pontos na Liga.
Após o triunfo na Alemanha, o duelo de volta contra o Hoffenheim, em casa, era mera formalidade, apesar, é claro, daquele medinho que assombra todo torcedor Red. O time, porém, tratou de exorcizar todo e qualquer tipo de fantasma ao destruir o adversário em 20 minutos de jogo. No fim das contas, passagem relativamente tranquila à fase de grupo de Champions.
No último domingo (27), uma daquelas exibições de gala do time de Klopp diante do Arsenal. Com uma ajudinha marota de Arsène Wenger, que, na minha humilde opinião, escalou mal e mexeu errado na sua equipe e teve papel preponderante no passeio Red, o Liverpool foi muito, mas muito superior durante os 90 minutos e venceu por 4-0. Neste jogo, só questiono a escalação do Karius em detrimento ao Mignolet. Achei estranha essa mudança e o arqueiro alemão demonstrou sua habitual insegurança, apesar de sair de campo sem ser vazado.
Como diz o velho ditado: “devagar com o andor que o santo é de barro”. É claro que as vitórias empolgaram, foram resultados expressivos, alguns diante de adversários complicados. É importante ressaltar, porém, que o time segue com problemas na defesa – média pouco superior a um gol sofrido por partida – e até o momento parece que ninguém será contratado para esse setor.
Contra Watford e Crystal Palace, houve complicações, assim como foi durante a temporada passada quando enfrentávamos equipes desse porte, seja em Anfield ou fora dele. A velha dificuldade em furar defesas parece persistir, o que pode custar pontos preciosos, principalmente quando os adversários são considerados pequenos.
Para finalizar, volto a repetir: saudades, centroavante! Apesar de muito bons, nossos homens de frente claramente não são exímios finalizadores. Contra o Arsenal, o placar poderia ter sido ainda mais confortável se o trio de ataque – principalmente Salah – fosse mais eficiente. Menos mal que contra os Gunners não fez falta, mas uma hora, certamente, vai fazer.
No mais, que a equipe consiga manter o nível de performance e a consistência durante a temporada. É importante seguir com os pés no chão e trabalhar para corrigir as falhas apresentadas até o momento. Vale lembrar que foram apenas cinco jogos, ainda tem muita coisa pela frente. Vamos torcer para que tenhamos boas notícias neste finzinho da janela de transferências e o mais importante: HÁ VIDA SEM COUTINHO!
#YNWA
Por André Tobias. / Contatos: facebook.com/andrettobias - Twitter @andrettobias
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